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descriptionAnuncioO relato de uma crossdresser gay: sim, eu sobrevivi!!!

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Em meio a tantos rótulos e “ismos”, em um mundo onde falta identidade e onde as pessoas mal sabem o que querem, quem dirá quem são… Me sinto privilegiada! Abençoada. FELIZ!
Saber quem eu sou e o que quero, faz a diferença em minha vida e me dá excelentes noites de sono, e o melhor: me deixa longe de remédios antidepressivos e sessões intermináveis de terapia. Nunca usei nenhum dos dois, mas…
Prazer, sou André. Sou Sayuri.
André desde 1975 quando nasci bonitinho, lindinho, orgulho da família. Sayuri desde (publicamente) 2010.
Como assim louca?
Nasci menino, e sou até hoje. E por uma grande razão, descobri a capacidade de me transformar em uma segunda persona. (chame de válvula de escape, dupla personalidade, como quiser…)
Nasci gay, vivi minha sexualidade da melhor maneira possível – e mais digna também. Estudei muito, aprendi 4 idiomas para escapar de preconceitos e indiferenças. E faz diferença em você ser um gay qualquer e ser um gay estudado, poliglota. Ô, se faz!
Nunca senti a necessidade de me transformar em mulher, apesar de sempre ser a Mulher da relação. Minha essência sim, sempre foi feminina. Meu pensamento, meu amar, era feminino.
Mas nunca passou pela minha cabeça virar travesti, ou me vestir de mulher. Tinha horror em ser afeminado.
Até que…
Sucumbi à uma depressão feia. Tinha acabado de me separar, estava desempregado, cheio de contas para pagar, infeliz comigo mesmo, em casa sozinho, não queria ver ninguém (exceto Antonio Banderas, que era bem vindo a qualquer hora do dia rsrs)… Sentadinho no sofá assistindo a um filme. E vagando o pensamento…
E disse:
“Caralho viu…se eu fosse mulher, as coisas seriam muito mais fáceis…”
BUM! Estalo.
8 Segundos igual peão de rodeio em cima do boi e lá estava eu na frente do espelho. Sou maquiador por hobby, então tinha maquiagem e fui me maquiar.
A pergunta que fiz foi:
Se eu fosse uma mulher, que mulher eu seria?
Fechei os olhos, e lembrei de todas as mulheres que passaram pela minha vida: amigas, irmã, mãe, avó, tias, ex namoradas, atrizes..
E quando vi, havia uma mulher toda maquiada na frente do espelho. SORRI. E CHOREI.
Precisava achar um nome para ela…
E eis que na televisão estava passando pela milésima vez o filme que amo, cuja personagem Gueisha chamava-se SAYURI (Memórias de uma Gueisha). Precisava de um sobrenome… Queria algo mais alegre para contrapor à Sayuri… SATO! De Sabrina Sato, afinal sou mestiça como ela, tenho coxas saradíssimas como ela e arraso no samba (tá, não parece, mas sou humilde gente.. verrrrrrdadeee)
SAYURI SATO.
E nasceu naquele momento a cura da minha depressão. A que pagou todas as minhas contas trabalhando como Hostess. Criou vida própria, virou referência. Inventou termos no extinto Orkut : “CROSS DIVA”.
Uma depressão desencadeou algo que estava ali embocada há décadas. Sim, eu era um Cross Dresser! E nesses segundos, minutos, lembrei-me que quando pequeno vestia os saltos de mamãe, passava batom da irmã, experimentava roupinhas escondido, e me escondia de mim mesmo.
Não tive a fase de armário, porque Sayuri já aconteceu assim, RAINHA DE BATERIA. E toda vez que ela surge, ela surge exatamente assim: no batuque 220 volts.
Fato é que hoje vivo dois mundos. Não me escondo. Nem de André, nem de Sayuri.
Me dedico cada dia a me aperfeiçoar mais, fazendo a mudança ficar cada dia mais impactante.
E por isso brigo. Quando vejo pessoas ignorantes, equivocadas, usado o termo CD de qualquer maneira, de forma vulgar e barata, de forma inconsequente e suja. Ah, se soubessem… ou tivessem a decência de jogar no Google, o significado de Cross Dressing…
Sayuri me deu mais que alegria. Me deu ânimo para me tornar empresário. Duas vezes. Me deu força para dizer: Não gosto disso, não aceito aquilo!
Como diz minha mãe:
– Filho, você está muito irritado. Melhor você sair de Sayuri um pouco!
Isso. Exatamente isso!
Fui! Aonde?
DIVAR oras!
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Por Sayuri Sato escreveu:
Link da Reportagem Original

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