Crossdresser não significa homossexual
Grande parte das pessoas que ficam sabendo da existência dos crossdressers tende a pensar que eles se vestem de mulheres por serem homossexuais ou por terem algum tipo de distúrbio psicológico. Mas especialistas dizem que uma coisa não tem nada a ver com a outra.
"Não tem ligação alguma. O modo como você se veste não pode definir a sua orientação sexual. Existem muitos homens que se fazem de machões e que têm tendências homossexuais", explica o psicólogo e professor da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC Minas), que tem estudos na área, Paulo Roberto Ceccarelli.
De acordo com Ceccarelli, não é possível trabalhar com a hipótese de distúrbio psicológico porque os conceitos de feminino e masculino são culturais. "Cada ser humano tem um pouco do feminino e um pouco do masculino. É a cultura que define como vai ser essa identidade sexual", explica.
Para o especialista, os crossdressers surgem de uma necessidade de se questionarem os valores impostos pela sociedade. "Surge do peso de ser homem. Nossa sociedade exige muito do homem e ele tende a querer fugir um pouco disso", diz.
Sérgio, 72, que quando montado é chamado de Solange Elizabeth Pearly, concorda. "As mulheres têm direito a coisas mais bonitas e macias. E o homem, não. Não sei se é a sociedade paternalista ou o próprio machismo dos homens que fazem isso. Quando descobri que sentia prazer com o toque no tecido feminino, comecei a me montar e nunca mais parei", conta.
( artigo publicado no jornal o tempo 13/11/2010)
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Grande parte das pessoas que ficam sabendo da existência dos crossdressers tende a pensar que eles se vestem de mulheres por serem homossexuais ou por terem algum tipo de distúrbio psicológico. Mas especialistas dizem que uma coisa não tem nada a ver com a outra.
"Não tem ligação alguma. O modo como você se veste não pode definir a sua orientação sexual. Existem muitos homens que se fazem de machões e que têm tendências homossexuais", explica o psicólogo e professor da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC Minas), que tem estudos na área, Paulo Roberto Ceccarelli.
De acordo com Ceccarelli, não é possível trabalhar com a hipótese de distúrbio psicológico porque os conceitos de feminino e masculino são culturais. "Cada ser humano tem um pouco do feminino e um pouco do masculino. É a cultura que define como vai ser essa identidade sexual", explica.
Para o especialista, os crossdressers surgem de uma necessidade de se questionarem os valores impostos pela sociedade. "Surge do peso de ser homem. Nossa sociedade exige muito do homem e ele tende a querer fugir um pouco disso", diz.
Sérgio, 72, que quando montado é chamado de Solange Elizabeth Pearly, concorda. "As mulheres têm direito a coisas mais bonitas e macias. E o homem, não. Não sei se é a sociedade paternalista ou o próprio machismo dos homens que fazem isso. Quando descobri que sentia prazer com o toque no tecido feminino, comecei a me montar e nunca mais parei", conta.
( artigo publicado no jornal o tempo 13/11/2010)
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